Finalizando as mixes (e fazendo agradecimentos)

Hoje finalizamos as mixagens do disco e em breve entraremos em processo de masterização do Efecto Vertigo. Coincidentemente, hoje também foi o dia em que a capa do álbum ficou pronta.

Nesse momento, me bate uma melancolia, um pouquinho de tristeza também, porque a jornada que traçamos para o disco vai chegando ao fim, e assim, finalizamos todo o processo de gravação, que pra mim, foi um momento maravilhoso da minha vida. Um momento de desafio, coragem, comprovação, perseverança, e acima de tudo, de acreditar no sonho. E vê-lo se tornando realidade sob a forma de música.

Foram muitos meses que se passaram, desde que comecei a compor e selecionar os temas e preparar sozinho a pré-produção do Efecto Vertigo. Uma pessoa me é muito especial em todo esse processo: Minha esposa Lívia Rangel. Lívia me deu apoio, força, estímulo, coragem e durante um bom tempo, foi a única pessoa que escutou aqueles temas. Ela estava presente no dia em que tive a idéia louca desse projeto. Outra pessoa diria: “- Não, cara! É uma viagem sua, deixa isso de lado!”   Lívia não. Ela comprou a história desde o primeiro dia. E se ela não estivesse ao meu lado naquele momento em que estávamos ouvindo rádio de noite em uma praia, não sei se eu teria tido essa idéia.

Em breve o disco passa para a próxima etapa, que é se tornar show, viajar por aí, divulgar, enfim ser compartilhado. Enquanto isso, em paralelo, venho trabalhando nas composições do novo disco dos Retrofoguetes e nós devemos entrar em estúdio em Dezembro.

Devo confessar que já penso em começar a compor o segundo disco solo. Acho que apertei algum botão que não se desliga. As idéias continuam surgindo e em ebulição o tempo inteiro e a sensação de felicidade é grande. Agradeço aos meus parceiros Jorge Solovera, Rudson Daniel (vcs são caras muito foda!), Cássio Nobre pela sua participação (meu irmão, foi um prazer estar contigo nessa gravação), Nila Carneiro por me emprestar seu talento em nossa bela capa, minha família (amo vcs!), o estúdio 12 por 8 e Pablo Moreno, à meus parceiros de Retrofoguetes (Rex – Que me apresentou uma infinidade de discos de música latina, que abriram minha mente, Julio Moreno – Por todos os grandes conselhos e Morotó Slim, que deixou nossa banda, mas não nossa amizade).

Este disco é dedicado à Lívia Rangel. Obrigado pelo seu amor. Te amo!

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Efecto Vertigo – Nila Carneiro (Designer)

Para a capa do projeto, tive a sorte de ter a contribuição de uma artista que possui um trabalho belíssimo. Seu nome é Nila Carneiro. Conheci Nila atravez do meu amigo/cantor e gaitista Diego Orrico (trabalhamos juntos em seu projeto solo “Diego Orrico & The Blue Bullets”). Nila me impressiona por seu nível de sensibilidade, seus temas, cores, figuras (a figura feminina é bastante presente em sua obra) e texturas. Os caminhos que escolhemos para a capa do álbum se definiram rapidamente ainda na nossa primeira reunião e desde então, tudo acontece com total fluidez. Quando nossa capa ficar pronta, postarei por aqui.
É uma satisfação conhecer um talento como esse e ter a sua contribuição no projeto gráfico do disco. Anotem esse nome, porque em pouco tempo ela vai estar barbarizando por aí!  Alguns dos seus trabalhos podem ser vistos em seu site http://nilacarneiro.com.br/.
Abaixo, uma amostra dos trabalhos de Nila; uma ilustração, e um cartaz que ela fez para nossa temporada de Blues (Diego Orrico & The Blue Bullets).
Com vocês, Nila Carneiro:
Ilustração de Nila Carneiro. Em breve postaremos as imagens da capa de Efecto Vertigo.

Efecto Vertigo – Mixagem

Chegamos ao processo de mixagem.
É nessa etapa, que trabalhamos toda uma gama de aspectos sonoros que estarão presentes em um disco. Obviamente, se você teve uma boa captação na fonte, com bons microfones, isso trará melhores resultados para sua mix. Temos uma infinidade de canais de áudio, com muitos instrumentos diferentes: Baixos, bongôs, congas, guiro, muitos violões (bases, melodias, solos), timbales, campanas, etc. É hora de combinar os sons, decidir sobre os volumes dos instrumentos, trabalhar as frequências e equalizar, dar um bom trato nos timbres, dinâmicas, adicionar alguns poucos efeitos que não estavam presentes na hora da captação (reverb, por exemplo).
Aqui, como também na etapa de gravação, tomamos algumas decisões estéticas; Queremos que o disco soe moderno? Queremos que tenha uma sonoridade mais vintage? É sempre bom ter referências do tipo de som que se quer chegar. Se você quer aquele som da década de sessenta, pesquise o tipo de equipamento usado em estúdio para aquela sessão de gravação, preste atenção nas opções estéticas adotadas na produção daquele álbum. Claro, os tempos são outros, os equipamentos são outros, os músicos são outros. Mas referência sempre pode ajudar, não é que você vá chegar exatamente àquele resultado, mas é uma direção.
Começamos a mix com a música que dá título ao disco “Efecto Vertigo”. Foi com essa música que eu descobri, ainda na fase de pré-produção, qual o tipo de som que nortearia alguns aspectos do disco. Na gravação somos eu fazendo cordas e Rudson Daniel fazendo as percussões. Dois caras e muitos instrumentos. Jorge Solovera comandando a sessão de mixagem, realizando a tal “alquimia do som”.